Instituição de pagamentos euPago vai investir dois milhões de euros num espaço que funcione como casa de ideias inovadoras na área das fintech. O centro, próximo à Constituição, deverá receber, até ao final do ano, 20 startups.

O conceito de fintech, termo que define startups que trabalham para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro, começa a ser cada vez mais familiar na cidade. É o que faz a euPago, fundada em 2015, quando se assumiu como “o multibanco do comércio online”, trabalhando em soluções de Pagamento de Serviços, Payshop, Pagaqui, Paysafecard e MbWay, para empresas com loja online, mas também para prestadores de serviços, donativos e vendas de particulares.

O que a empresa pretende agora é funcionar como uma “sandbox”, isto é, um espaço onde “terceiros possam testar ideias inovadoras junto do mercado”, diz a euPago em comunicado. O investimento de dois milhões está feito e o escritório74, no Porto, deverá tornar-se “o maior centro de fintech em Portugal, funcionando como um importante polo de atração de investimento”, acredita a instituição.

"O objetivo da empresa é acolher no escritório74 outras fintech que possam usar os recursos [da euPago] para novas oportunidades de negócio nos sistemas de pagamento em Portugal", adianta a empresa portuense.

José Veiga, um dos diretores executivos da euPago, assume que “uma vez que só existem em Portugal quatro operadores licenciados nos pagamentos online, temos a responsabilidade social de, com o nosso espaço e licença, apoiar outras fintech e ambicionamos até final do ano apadrinhar 20 startups, novas ou já existentes".

Funcionando como uma espécie de intermediário entre os clientes e as entidades de multibanco, emitindo referências de pagamento sem mensalidades ou outros custos e sem a transmissão de dados bancários, a euPago registou cerca de dez milhões de transações em 2020, num universo de mais de nove mil clientes em diversos setores.

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